quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Aquela Menina

Lá vai Aquela Menina...
De mãos dadas com o namorado.

Mas porque seus olhos estão tristes?
Parece que algo lhe incomoda.
Seus olhos dizem: - Vazio.

Coração vazio.
Vida vazia.

Será que ela tem vida?
Ou será que ela não tem?
...Tem apenas um namorado.
E a uma enorme mescla de tristeza, solidão e angústia.
Depressiva.
Desencontrada em uma sociedade (in)humana.
Vigiada por todos os lados.
Liberdade falsada!
Oprimida.

A triste menina segue seu caminho.
Caminho sem vida verdadeira.
Caminhar controlado. Punido.

Miséria do ser - livre!

De mãos dadas com o namorado.
Lá vai Aquela Menina.

A: P.F. -M

Mudança Menina.


Sentada na varanda,
Numa manhã perdida de sol.
As lágrimas caem-me dos olhos.
Maldita noite passada!
Maldito momento que ela se foi.
Quisera eu que ela ao menos tivesse olhado para trás.
Mas não. Apenas se foi...
Ela se foi.
Nunca mais voltará...

Impulsos calorosos.
Corpos que se arranhavam.
Ânsias de desejo e paixão!
Olhos nervosos.
Mãos trêmulas.
E em um momento... Ela se foi.
Se foi para nunca mais voltar.
Em dor;
Em amor;
Em ardor...
Se foi.
O sangue a pulsar-me.
A escorrer-me.
Alguns minutos de um tempo eterno.

Mudei.
Maldita e abençoada noite passada.

A: P.F. -M

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Os Bois e as Vacas na festa do peão de Itapecerica da Serra.

Hoje, uma grande parcela do meu face estava triste e nervosa por que não conseguiu comprar ingressos para o show de uma dupla  de "sertanojo" chamada Jorge e Mateus.

Graças a deus eu tenho internet em casa e Beirut para ouvir!


Achei muito interessante perceber que boa parte da galera que vai nesse show, que faz parte de um Rodeio, se veste de "caipira", coloca bota e até chapéu, mas NUNCA na vida chegou perto de um cavalo e tem nojo de beber leite que não seja de caixinha. 
Cambada de viado (desculpa mas é que estou ouvindo Massacration e o palavrão saiu sem querer) pseudo-caipira! Isso sim é o que são!
Pessoalzinho que vai em uma festa sem ter nenhuma ligação com o evento em si. Todos usando isso como uma válvula de escape da realidade e fuga dos problemas reais. 
Vai ver a vida é só isso mesmo. Uma eterna fuga da realidade para diversões comercializadas que não me pertencem. Daqui a alguns anos surge uma nova moda e o pessoal que hoje se vestiu de "cowboy" vai está se vestindo de bailarina ou de pinguim.

Confesso que tenho uma vontade de soltar esse monte de gente vestida de xadrez nas ruas da Espanha, bem nos dias em que acontecem as touradas! Só pra ver eles correndo e cantando "voa beija-flôr"! Seria lindo demais ver isso! Hauhauhauhauhaua.... Perdão, meu lado negro tomou conta de mim agora. xD


Enfim, queria apenas comentar o que acho do caso. 



Que tal trocarmos o rodeio por uma boa tourada espanhola??
Bom, fica a sugestão! =]



quinta-feira, 7 de julho de 2011

Amargo Café-Preto

Quero um café.
Preto, amargo, sem açúcar e sem sal.
Quero permanecer acordado por toda a vida.
Quero um café, pro meu dia não acabar.
Ficar eternamente do teu lado.
Mesmo que sonhando um sonho que não se realiza.

Cafeína amarga;
assim como as tuas palavras;
assim como a tua indiferença;
assim como o fato de ter somente a tua amizade.

Quero um café, para não inebriar-me no desejo de te ter.
Que mantenha meus olhos bem abertos, pois se os fecho, sonho contigo.
Não quero sonhar o sonho da noite.
Já me basta sonhar acordado a todo momento.

Um café revoltado que transforme essa paixão em ódio.
Em vontade de não mais te encontrar nas esquinas, em outras bocas que não te pertencem.
Café quente, que me queime por dentro, como o fogo do mundo de Hades.
Café impuro; sujo; desumano; encontrado nos bueiros pútridos da vida na cidade.
Café do amor não correspondido, de um coração jovem.

Café Homem.
Café Criança.
Café, Amor.

A: P.F.-M

Val Paraíso


No Éden, um lago profundo existe
E sobre suas águas, pairam espíritos.
Se movem ébrios, acompanhados do uivo do Vento.
Não sabem qual o seu destino,
Nem a qual corpo pertencem.
Vagueiam em busca de novas aventuras
De alegrias inexistentes
Em busca de uma felicidade perfeita.

Ah, almas tristes!
Vazias de paz e repletas de solidão.
Abram os olhos, vejam o seu interior.
Sigam o Vento que sempre busca novas terras.
Sejam expulsas deste jardim perfeito e sem graça.
Ajudem Pandora a abrir sua caixa no mundo dos homens.
Visitem as pirâmides de Osíris e os sonhos de Ísis.
Assombrem as crianças inocentes.
Passem a lâmina da Morte sobre o pescoço dos velhos.
Sobre a luz das nove luas, todas as coisas são permitidas.
Sobras se movem...
Espíritos do Éden,
Adão vós espera.

 A: P.F.-M

Welcome! Bienvenido! Ou simplesmente, Bem Vindo!

Antes de mais nada: Seja mucho Bienvenido!!
Espero manter este blog, ao contrário do que aconteceu com outros que já tive.
Não escrevo por nenhum motivo certo.. escrevo apenas por escrever, pra matar um pouco das horas ocupadas que tenho. Deveria estar fazendo um bilhão de outras coisas, mas o desejo de escrever é mais forte que eu, e o blog é uma espécie de terapia ocupacional pra alguém muito ocupado.  
Inauguro este blog com um poema saudosista, que não é o primeiro e certamente não será o último, escrito por mim.Talvez não faça nenhum sentido para você, mas não me interessa. Como já disse antes, o blog é meu e eu escrevo o que quiser... hauhauhauahua... xD


Os Dias Passados 

Laranjeiras amareladas.
Saudades de minha casa perdida no horizonte.
De tudo que ficou pra trás.
Abraços não dados.
Beijos esquecidos.
Carícias suprimidas.
Barba não tirada.
Roupa desbotada, com o pelo da velha lavadora barulhenta.
O cheiro de chá invadiu meus pensamentos.
Goiabeiras pesadas de frutos inexistentes.
Vi ao longe os traços do teu velho vestido com flores.
As marcas das chinelas de couro no fundo do quintal.
A antiga bicicleta verde jogada num canto do destino.
Tuas lágrimas, minhas lágrimas, que dormem na minha mão, todas juntas.
O sabor do cheiro do teu pescoço.
A taça de vinho trincada na pia da cozinha.
A garrafa deixada ao lado do sofá preto da sala.
Vontade de sentir o passado.
A lama no campo de futebol.
Os dias de chuva sempre tão ensolarados.
Os sapos nadando na lagoa do Morro Alto.
Os ancestrais espíritos que vagueiam pelas encruzilhadas, saídos dos túmulos do cemitério branco e azul.
Insetos voando pelas matas no meio do caminho entre as estradas.
Todas as coisas me levam de volta ao tempo que não ficou marcado na memória de ninguém.
Um minuto, um minuto e meio, duas horas, um segundo... A Eternidade.

A: P.F.-M